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Israel emitiu um novo alerta aos palestinos na cidade de Khan Younis, na parte sul do enclave, para saírem do local. Esta é a mais recente indicação de que o país planeja atacar o Hamas no sul da Faixa de Gaza, após realizar operações no norte.
“Estamos pedindo às pessoas que se mudem. Sei que não é fácil para muitos deles, mas não queremos ver civis sendo atingidos no fogo cruzado”, disse à “MSNBC” Mark Regev, assessor do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, na última sexta-feira (17).
A medida poderia obrigar centenas de milhares de palestinos que fugiram para o sul devido ao ataque israelense à Cidade de Gaza a se deslocarem novamente, ao lado dos residentes de Khan Younis, uma cidade com mais de 400 mil habitantes, agravando uma grave crise humanitária.
Israel prometeu aniquilar o grupo radical islâmico Hamas que controla a Faixa de Gaza após o ataque de 7 de outubro, no qual os seus combatentes mataram 1.200 pessoas e fizeram 240 reféns.
Desde então, Israel bombardeou grande parte da Cidade de Gaza até reduzi-la a escombros, ordenou o despovoamento de toda a parte norte do enclave e deixou cerca de dois terços dos 2,3 milhões de palestinos desabrigados. Muitos dos que fugiram temem que o deslocamento possa se tornar permanente.
As autoridades de saúde de Gaza informaram na sexta-feira que o número de palestinos mortos passa de 12 mil, sendo 5 mil crianças. A Organização das Nações Unidas (ONU) considera os números corretos, embora sejam atualizados com pouca frequência devido à dificuldade para o recolhimento de informações.
Israel lançou panfletos sobre Khan Younis dizendo às pessoas para irem a abrigos, sugerindo que operações militares poderiam acontecer no local.
Cerca de 26 palestinos, a maioria crianças, foram mortos em um bombardeio israelense na cidade na manhã deste sábado (18), informou a agência de notícias palestina “WAFA”.
Regev disse que as tropas israelenses terão que avançar para a cidade para expulsar os combatentes do Hamas dos túneis e bunkers subterrâneos, mas que nenhuma “infraestrutura enorme” será necessária.
“Tenho certeza de que eles não precisarão se mudar novamente, caso forem para o oeste”, afirmou Regev sobre as pessoas da região. “Pedimos que eles se mudem para uma área onde esperamos que haja tendas e um hospital de campanha.”
Dado que as áreas ocidentais estão mais próximas da passagem fronteiriça de Rafah com o Egito, a ajuda humanitária poderia ser levada “o mais rapidamente possível”. — citou o assessor.
Veja também – Israel: Corpo de 2ª refém é achado perto de hospital em Gaza
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Fonte: CNN Brasil