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Israel nega as alegações de ter usado munições de fósforo branco depois que o grupo de defesa internacional Human Rights Watch (HRW) acusou as forças israelenses de usá-las durante operações militares em Gaza e no Líbano nesta semana.
De acordo com um relatório da HRW publicado na última quarta-feira (11), o grupo de direitos humanos disse ter verificado um vídeo gravado em 10 de outubro no Líbano e outro vídeo em Gaza em 11 de outubro que afirma mostrar “múltiplas explosões aéreas de fósforo branco disparado por artilharia sobre o porto da Cidade de Gaza e duas locais rurais ao longo da fronteira Israel-Líbano.”
O fósforo branco é usado para fornecer iluminação ou a criar uma cortina de fumaça em batalha, mas é conhecido por queimar a carne até os ossos, de acordo com reportagens anteriores da CNN.
O Ministério da Saúde palestino em Gaza relatou nesta sexta-feira (13) a evacuação do hospital infantil Durra, no leste de Gaza, depois de dizer que foi alvo de “bombas de fósforo branco”, segundo o Dr. Ashraf Alquedra, porta-voz do ministério.
Questionadas se as forças israelenses utilizaram fósforo branco esta semana em Gaza e no Líbano, as Forças de Defesa de Israel (FDI) negaram veementemente as alegações. Em uma entrevista ao vivo na sexta-feira, o porta-voz da IDF, tenente-coronel Peter Lerner, disse à CNN “categoricamente, não”.
A HRW comunicou que entrevistou dois indivíduos da área de al-Mina na Cidade de Gaza, que descreveram ter visto ataques “consistentes com o uso de fósforo branco”. “Ambos descreveram ataques aéreos em curso antes de verem explosões no céu seguidas pelo que descreveram como linhas brancas indo em direção à terra”, segundo a organização.
O grupo disse que revisou o vídeo e confirmou que ele foi gravado no porto da Cidade de Gaza e “identificou que as munições usadas no ataque eram projéteis de artilharia de fósforo branco de 155 mm de explosão aérea. Outros vídeos postados nas redes sociais e verificados pela Human Rights Watch mostram o mesmo local”, disse o grupo.
“A fumaça branca densa e o cheiro de alho são características do fósforo branco”, disse o comunicado.
A organização também analisou dois vídeos de 10 de outubro que ocorreram perto da fronteira entre Israel e Líbano. “Cada um mostra projéteis de artilharia de fósforo branco de 155 milímetros sendo usados, aparentemente como cortinas de fumaça, marcação ou sinalização”, explicou o comunicado.
A CNN entrou em contato com as autoridades do Líbano para comentar o assunto.
O fósforo branco é ilegal?
Não há proibição, por si só, do fósforo branco em conflitos. Mas o momento e o local de seu uso são restritos.
Um protocolo internacional ratificado por Israel em 1995, a utilização de tais armas incendiárias é permitida quando “não especificamente concebidas para causar queimaduras em pessoas”, informou anteriormente a CNN.
Por exemplo, é ilegal, segundo o protocolo, usar fósforo branco contra qualquer pessoa, civil ou militar. Só pode ser dirigido contra alvos militares. O direito internacional diz que as armas incendiárias não podem ser usadas onde os civis estão concentrados.
A história com o fósforo branco
Israel já enfrentou críticas generalizadas por disparar projéteis de fósforo branco sobre áreas densamente povoadas durante uma ofensiva em Gaza que começou no final de 2008.
A HRW disse em um relatório de 2009 que as munições de fósforo branco de Israel mataram e feriram civis e danificaram estruturas civis, incluindo uma escola, um mercado, um armazém de ajuda humanitária e um hospital.
A HRW afirmou que o uso de armas por Israel em bairros lotados “violou o direito humanitário internacional (as leis da guerra), que exige a tomada de todas as precauções possíveis para evitar danos aos civis e proíbe ataques indiscriminados”.
Em resposta, a nação comprometeu-se a limitar a utilização de fósforo branco e a envidar maiores esforços para proteger os civis durante os conflitos. Ainda assim, o governo disse que utilizou o fósforo branco legalmente.
Veja também: Explosões são ouvidas na Faixa de Gaza
Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.
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Fonte: CNN Brasil