De zero a dez, qual nota você daria ao desempenho do presidente da República neste primeiro ano de mandato?
Todo analista político ou econômico ouviu essa pergunta em algum momento das últimas semanas, mas a opinião que realmente importa é a do eleitor.
Pelo que uma série de pesquisas, livros e estudos indicam, os fatos tendem a pesar menos que as visões individuais e, principalmente, que o número digitado na urna em outubro de 2022.
Nesse ambiente de polos tão bem definidos e distantes um do outro, não é fácil construir pontes que conectem esses pontos com base em premissas ou princípios mínimos.
Basta citar o 8 de janeiro para ver que, na era da pós-verdade, tudo é passível de discussão ou distorção. Ou a convicção de nove em cada dez brasileiros em relação a seu voto, tenha sido em Lula ou em Bolsonaro.
Talvez os resultados na economia, surpresa positiva deste ano, ajudem a desarmar em parte os espíritos, afinal, a agenda econômica serviu de azeite para as fricções mais duras entre executivo e legislativo — uma relação pautada pela disputa do controle dos recursos orçamentários.
Terminar o ano comprando a briga da desoneração, como o governo fez nesta semana, soa como prenúncio de mais turbulências pela frente.
Seja positivo ou negativo o balanço que se faça do primeiro ano do terceiro mandato de Lula, é possível arriscar um consenso: foi apenas o primeiro de quatro anos que dificilmente se resumem a uma nota de zero a dez ou a uma dicotomia entre dois polos.
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Fonte: CNN Brasil