Neste sábado (9), começa um ano que terminará em novembro de 2024, no Rio de Janeiro. O Brasil vai receber da Índia a presidência do G20 neste fim de semana, em Nova Delhi, e o país terá a chance — e a responsabilidade — de ditar as linhas prioritárias de trabalho do grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo.

Para um líder com as ambições que o presidente Lula (PT) tem na geopolítica, a oportunidade não poderia ser melhor, mesmo que tenha coincidido com a calamidade no Rio Grande do Sul e dado motivos para o petista ser alvo da oposição.

O Brasil quer pautar sua presidência do G20 em eixos como combate à fome e às desigualdades, avanços na agenda ambiental e o que o governo chama de promoção de efetiva reforma das instituições de governança global.

Os dois primeiros soam promissores. E o terceiro? Em um contexto de alta polarização entre o Ocidente e o dueto Rússia e China, tendo a guerra da Ucrânia como fator divisivo, soa mais uma vez como um passo exageradamente ousado.

Daqui a 14 meses, quando a cúpula do G20 tiver início no Rio de Janeiro, talvez seja possível responder à pergunta para a qual Lula tem sua resposta, mas ainda não conseguiu convencer seus colegas líderes mundiais: qual o tamanho do Brasil na mesa decisória do mundo?

Fonte: CNN Brasil