O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avisou o alto escalão do governo que deseja convocar pelo menos seis encontros com governadores em 2023. O primeiro passo para a aproximação com representantes dos Estados será dado no dia 27 de janeiro, em reunião no Palácio do Planalto.
No primeiro encontro, segundo definiu o presidente da república, a equipe do Executivo deve fazer uma apresentação da nova estrutura governamental, além das metas de cada ministério para os primeiros 100 dias de governo. Lula também deve aproveitar o momento para fazer um apelo por um pacto nacional em prol do país.
A partir de março a expectativa é que os encontros sejam bimestrais e as discussões tenham como foco uma pauta única. Para isso, Lula vai pedir que os governadores se reúnam com antecedência para definir, a partir de um consenso, quais serão as demandas apresentadas ao Executivo.
A reaproximação do Executivo com os entes federativos fez parte das promessas da campanha eleitoral de Lula. O objetivo do petista é melhorar a relação com os estados, marcada por conflitos na gestão de Jair Bolsonaro (PL). O ex-presidente não tinha encontros periódicos com os gestores estaduais e dava preferência para reuniões individuais, apenas com aliados.
O diálogo de Bolsonaro com os estados foi impactado por divergências em relação as medidas sanitárias adotadas durante a pandemia de Covid-19, além das discussões em torno da tributação estatual sobre combustíveis.
Governadores ouvidos pela reportagem receberam de forma positiva o convite para abertura de diálogo. Alguns até desejavam o encontro antes na posse presidencial. É o caso do governador do DF, Ibaneis Rocha, que tentou marcar um encontro com Lula e os gestores eleitos em dezembro de 2022.
Algumas pautas já são classificadas como emergenciais para os estados. É o caso da compensação por perdas de arrecadação do imposto sobre circulação de mercadorias e serviços (ICMS) sobre combustíveis e também a retomada de obras paralisadas no governo passado.
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Fonte: CNN Brasil