• qui. jan 23rd, 2025

Maioria das mortes causadas por tempestade na Líbia poderia ter sido evitada, diz ONU

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A Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou, nesta quinta-feira (14) que a maioria das mortes nas inundações que assolaram a Líbia poderiam ter sido “evitadas”.

Mais de 5.000 pessoas morreram e milhares de outras estão desaparecidas depois que chuvas sem precedentes destruíram cidades inteiras do país na semana passada. Trabalhadores humanitários lutam para entregar ajuda crucial num esforço humanitário sufocado pelas divisões políticas e pelos escombros da catástrofe.

“Se houvesse um serviço meteorológico operando normalmente, eles teriam emitido os avisos e também a gestão de emergência deste teria sido capaz de realizar a evacuação das pessoas e teríamos evitado a maioria das vítimas humanas”, Petteri Taalas, secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial (OMM), disse a repórteres em uma entrevista coletiva em Genebra na quinta-feira.

As condições climáticas extremas romperam duas barragens no nordeste do país, provocando um dilúvio de água na cidade de Derna, que sofreu o pior da devastação. Veja antes e depois abaixo:

“É claro que não podemos evitar totalmente as perdas econômicas, mas também poderíamos ter minimizado essas perdas se tivéssemos serviços adequados em funcionamento”, acrescentou Talaas.

Talaas disse que a OMM tentou interagir com as autoridades líbias para melhorar estes mecanismos, mas como a “situação de segurança no país é tão difícil, é difícil chegar lá”.

Os dois governos da Líbia estão reportando números contraditórios de vítimas na sequência das inundações catastróficas no país.

Enquanto o governo apoiado pelo Parlamento Oriental relatou a morte de pelo menos 5.300 pessoas, o governo internacionalmente reconhecido em Trípoli relata que mais de 6.000 pessoas morreram.

Continua um impasse político entre o governo internacionalmente reconhecido na capital Trípoli liderado pelo primeiro-ministro Abdulhamid Dbeibeh, e uma administração rebelde rival na cidade oriental de Benghazi, liderada por Khalifa Haftar e o seu Exército Nacional Líbio (LNA), apoiado por alguns estados.

A CNN não conseguiu verificar de forma independente o número de mortos ou desaparecidos.

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Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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Fonte: CNN Brasil

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