O major da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) Flávio Silvestre de Alencar, que, como a CNN mostrou, foi flagrado pelas câmeras do Supremo Tribunal Federal (STF) permitindo o acesso dos criminosos que depredaram a Corte no dia 8 de janeiro, disse, em depoimento à Polícia Federal (PF), que ordenou aos demais policiais do Batalhão de Choque (BOPE) deixarem a lateral do Congresso Nacional para que o grupo pudesse ajudar na segurança da sede da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.
Durante o depoimento, o major declarou ter recebido a informação “do ajudante de ordens do comandante-geral, capitão Josiel, de que ambos estavam presos, cercados por manifestantes, e que o comandante-geral estaria ferido”.
Diante disso, solicitou ao tenente Martins de que lhe dispusesse quatro viaturas do choque, ou seja, 16 policiais, para que o acompanhassem até o interior do Congresso Nacional, para resgatar o comandante-geral, assim como outros policiais que ali estariam cercados feridos.
Ainda durante o depoimento para a PF, Flávio Silvestre de Alencar afirmou que a retirada dos policiais para lhe acompanharem não “prejudicou o confronto com os manifestantes”, mas que “entende que aquele efetivo do choque não conseguiu conter mais os manifestantes quando as munições químicas acabaram”.
Segundo o major, o efetivo do Batalhão de Choque empregado durante os atos criminosos que destruíram as sedes dos Três Poderes era “insuficiente”.
Ao ser questionado pela Polícia Federal sobre as imagens em que aparece descendo de uma viatura da PMDF e ordenando a retirada do BOPE da lateral do Congresso, o que imediatamente permite o acesso dos extremistas ao Supremo, o major Alencar disse que o vídeo “divulgado nas mídias foi editado e a equipe de choque que ficou na S1 deixou de ser capaz de conter os manifestantes muito tempo depois da sua saída”.
O major é um dos presos na quinta fase da Operação Lesa Pátria, deflagrada pela Polícia Federal na terça-feira (7). A operação visa identificar participantes, financiadores e fomentadores dos atos terroristas de 8 de janeiro, em Brasília.
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Fonte: CNN Brasil