
Quem de nós não tem lembranças de Glória Maria? Suas coberturas jornalísticas, suas viagens, suas experiências.
Presente na televisão há cinco décadas, era íntima do público. Inovou na linguagem e tratava a câmera como uma pessoa. Noticiava como se estivesse contando uma história para alguém.
Glória viu e cobriu momentos importantes. Em plena ditadura, virou desafeto do general João Figueiredo ao bater de frente com o então presidente do Brasil.
Esteve na posse do democrata Jimmy Carter à Presidência dos Estados Unidos, em 1977. Em 1982, foi a primeira jornalista mulher do Brasil a cobrir a guerra das Malvinas.
Glória esteve ao lado de ídolos, como quando entrevistou o cantor Michael Jackson em uma visita do Rei do Pop ao Brasil.
A jornalista foi diagnosticada com um câncer no pulmão há quatro anos. Tempos depois, houve metástase no cérebro. E, desde o ano passado, o tratamento deixou de fazer o efeito esperado.
Glória Maria morreu na manhã desta quinta-feira (2) no Rio de Janeiro. Ela deixa duas filhas: Laura e Maria.
Nas redes sociais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que Glória deixou suas marcas na memória de brasileiros e brasileiras.
Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial, ressaltou: “quem é mulher negra sabe da importância de tê-la visto na televisão”.
O cantor Emicida escreveu que, se hoje tem um Emicida, é porque antes existiu uma Glória Maria.
Também nas redes sociais, a atriz Taís Araújo escreveu: “Glória mudou o meu mundo, mudou o nosso mundo”.
Deste mundo, a jornalista mostrou mais de 100 países em suas reportagens. E chegou ao topo dele, ao pisar no Himalaia.
A cada história, uma aventura diferente. E, quanto mais ação, melhor, protagonizando até algumas cenas hilárias.
Glória caiu no gosto do público da internet e virou rainha dos memes, seja provando a erva jamaicana, tendo os carimbos do passaporte como inspiração ou até se enterrando num buraco.
Ícone da televisão. Símbolo da liberdade.
Glória Maria contou histórias E fez história.
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Fonte: CNN Brasil