• qui. jan 23rd, 2025

Mercados hesitam à espera de inflação dos EUA e Fed, Brasília e ata do Copom ficam no radar

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O mercado fica de olho nesta terça-feira (13) nos desdobramentos das manifestações em Brasília, mas o foco está em entender como será a composição da equipe econômica do governo eleito.

Investidores também esperavam dados de inflação dos Estados Unidos, divulgados hoje às 10h30, e reunião de política monetária do Federal Reserve (BC dos EUA), cujo resultado será divulgado amanhã à tarde.

Por volta das 11h11, o Ibovespa subia 0,96%, aos 106.355, seguindo o exterior e em movimento de correção após perdas da véspera. Já o dólar comercial caía 0,74%, cotado a R$ 5,273 na venda.

O dia começa com a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que manteve a Selic em 13,75% ao ano. O BC endureceu o recado sobre os riscos que o desarranjo fiscal pode provocar. O documento cita apalavra fiscal onze vezes. Em outubro, na reunião anterior, havia citado apenas quatro.

Pela primeira vez em muitos anos, surgiu na comunicação oficial do Comitê uma referência aos riscos que as chamadas políticas paraficais podem provocar. Entre eles, está a perda de potência da política monetária.

Em outras palavras, o BC disse que a alta dos juros pode perder efeito, se algumas escolhas forem feitas pelo novo governo. Mudanças em medidas parafiscais foi uma referência clara sobre a volta do protagonismo dos bancos públicos no crédito via BNDES e BB.

O documento citou também que uma “reversão de reformas estruturais” podem provocar perda de eficiência da estratégia do BC. Aqui, os diretores da autoridade monetária tratam sobre rumores da volta da TJLP do BNDES (crédito subsidiado), ameaça à lei das estatais, entre outras.

Segundo a ata, o controle da inflação vai depender não só da política monetária, como também da magnitude do estouro nos gastos.

Na véspera, o dólar negociado no mercado interbancário subiu 1,26%, a R$ 5,3121, maior valorização diária desde segunda-feira passada (+1,35%) e patamar de encerramento mais alto desde 28 de novembro (R$ 5,3645).

*Com informações de Thais Herédia e Reuters.

Fonte: CNN Brasil

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