O Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) abriu uma investigação contra o ex-diretor da Polícia Civil do DF Robson Cândido. O procedimento está a cargo do Núcleo de Investigação e Controle Externo da Atividade Policial (NCAP).
A abertura da apuração ocorre após a CNN revelar que Cândido foi denunciado por duas mulheres que registraram ocorrência na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) no domingo (1º).
Um dia depois, o delegado pediu exoneração do cargo e enviou ofício ao governador Ibaneis Rocha (MDB) justificando que precisava “cuidar de problemas pessoais”.
“O NCAP/MPDFT tomou ciência, por enquanto, apenas da exoneração do então Diretor-Geral da PCDF e já instaurou procedimento interno para a devida apuração. Também expediu ofício para a Corregedoria-Geral da PCDF pedindo esclarecimentos”, informou em nota oficial o Ministério Público.
Conforme noticiado, a Corregedoria assumiu a investigação após os boletins feitos na Deam. E confirmou que as armas do delegado foram apreendidas.
O caso, como é protocolo por se tratar de mulheres vítimas de violência, está sob sigilo absoluto. E a Corregedoria-Geral trata os casos com cautela antes de enviar à Justiça.
Fontes da cúpula da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, que lançou em setembro uma campanha de combate à violência contra a mulher intitulada “Não ao covarde”, disseram à CNN que têm acompanhado as informações do caso e “não toleram” casos como esse.
Perfil
O então diretor-geral ficou no cargo por quase cinco anos, durante todo o primeiro mandato do governador Ibaneis Rocha, e mais nove meses nessa segunda gestão. Antes de ser o DG da Polícia Civil, foi chefe da delegacia do Núcleo Bandeirante (DF). José Werick Carvalho, então chefe de gabinete dele, foi nomeado para o cargo.
Outro lado
A CNN procurou o delegado Robson Cândido e não obteve retorno. O espaço segue aberto. A comunicação da PCDF também não respondeu aos questionamentos feitos pela reportagem durante esta semana.
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Fonte: CNN Brasil