Estamos no fim de 2022, um ano repleto de acontecimentos no mundo pop.
Tivemos a dominação mundial do rapper Bad Bunny, aquele momento chocante no Oscar, a caótica turnê de lançamento de “Não se preocupe, querida”, a ascensão e queda da musa moderna Julia Fox, Beyoncé abrançado a disco music e “Abbott Elementary” ganhando nossos corações. É muita cultura pop para 52 semanas.
Talvez você tenha se esquecido da esnobada que o Elmo dedicou a Rocco (dos Muppets) ou do rompimento dos famosos-quem Try Guys, mas a gente não esqueceu. Revisite conosco os momentos mais memoráveis da cultura pop em 2022 – o bom, o mau e o cringe.
Bad Bunny dominou
O álbum “Un Verano Sin Ti” tem se mantido nas paradas desde seu lançamento em maio e é cheio de momentos mais pesados e outros para desacelerar os batimentos cardíaco. O rapper e cantor porto-riquenho Bad Bunny é o artista mais escutado no streaming do Spotify há três anos consecutivos.
Isso sem falar que ele é muy guapo, claro.
Beyoncé dança como se fosse 1977
Em 2022, a Queen B:
… quebrou o recorde da maioria das indicações ao Grammy já dadas a uma mulher;
… finalmente lançou um álbum de pura dance music, “Renaissance”, seu melhor trabalho em anos;
… e pavimentou seu status como ícone gay. Seja bem-vinda!
Taylor Swift quebrou recordes (e corações)
“Midnights”, o novo álbum de músicas noturnas de Taylor Swift, foi um dos mais vendidos do ano. Ficamos tristes pelos nossos leitores e “swifties” que não conseguiram comprar ingressos para a turnê da cantora. Mas talvez eles já façam parte da ação coletiva contra a Ticketmaster depois que a empresa tornou o processo de compra tão difícil.
Julia Fox virou motivo de chacota
Ela foi a musa do diretor Josh Safdie em “Joias Brutas” — ou “Uncuh Jahms”, como a própria atriz fala. Mas, em 2022, ela foi parar no noticiário por usar um jeans muito cavado com um top minúsculo, por fazer sua própria maquiagem nos olhos com um preto dramático ou por postar TikToks sincerões sobre seu relacionamento de curta duração com Kanye West.
Uma celebridade assim tão sem medo de se expor só aparece uma vez em uma geração – então vamos apreciá-la.
A fantasia volta à TV
Com novas adições aos cânones de “Game of Thrones”, ”Star Wars”, “O Senhor dos Aneis” e “Entrevista com o Vampiro”, de Anne Rice, a TV paga deu vários presentes aos fãs do gênero fantasia e ficção. Alguns foram sucessos. Outros, fracassos. Houve projetos tão controversos entre os fãs que o consenso da crítica ainda é desconhecido. Mas, acima de tudo, tivemos uma saraivada de dragões, elfos, vampiros e ex-Jedis cansados.
Os bastidores novelescos de “Não se preocupe, querida”
Não vimos o filme, e nem precisava. O drama dos bastidores nos alimentou durante meses. Teve Olivia Wilde se apaixonando no começo por Harry Styles e depois dando
indiretas para a ”Miss Flo” (o apelido que ela deu à atriz Florance Pugh); Chris Pine brisando na estreia de Veneza; e, claro, o SPITGATE, o caso da possível cusparada de Styles em Pine. Enfim, as confusões acabaram ganhando mais destaque que o filme.
A arte da IA ficou onipresente
Dall-E, uma poderosa ferramenta de IA, transformou referências de comida em arte, criando imagens bizarras como “o molho de salada no banco de testemunhas”” ou “o
enroladinho de salsicha emo sentado em uma parada de ônibus na chuva, esperando por um ônibus que pode nunca chegar”. Enquanto isso, o app Lensa nos gerou fotos de perfil ao mesmo tempo celestiais e estranhamente sensuais. Alguns alguns artistas digitais disseram que o app roubou o trabalho deles. Talvez devêssemos deixar a arte aos humanos.
“Corn Kid” nos alimentou
Os Estados Unidos tem uma nova criança queridinha: o nome do menino é Tariq, ele tem 7 anos e entrou nos corações norte-americanos no início deste ano, quando professou seu amor pelo milho na série digital ”Recess Therapy”. Ele ama tanto milho que foi convocado pela empresa de alimentos Green Giant para ajudar a distribuir milhares de latas de sua comida favorita antes do Dia de Ação de Graças. Dá para imaginar algo mais fofo?
Twitter quase vai dessa para melhor
Você se lembra daquela noite em novembro, quando todos achávamos que o Twitter estava morrendo, e então ele milagrosamente permaneceu online? O desaparecimento do Twitter lembra um pouco aquela cena do “Titanic”: estamos todos no convés tocando violino enquanto afundamos com o navio. Alguns de nós já usamos o Twitter há mais de uma década – nós crescemos com ele! – e ainda não estamos prontos para abandonar seus memes.
O elenco flopado de “Funny Girl”
A substituição abrupta de Beanie Feldstein por Lea Michele na refilmagem do musical da Broadway “Funny Girl” nos transformou em especialistas no gênero. Foi tudo bem
controverso: Feldstein não tinha voz para o papel icônico de Fanny Brice e, ao mesmo tempo, Michele foi acusada de tratamento abusivo por suas co-estrelas. A única verdadeira vencedora aqui é a própria Fanny original, Barbra Streisand.
A treta de Elmo e Rocco
Você acredita que nossa obsessão com a implicância de Elmo com sua pedra de estimação, Rocco, começou NESTE ANO? A hostilidade entre um Muppet adorado pelos pequenos e uma pedra inanimada atingiu o público adulto no início do ano e nos encantou talvez até mais do que os espectadores infantis
da “Vila Sésamo”.
Wordle é um novo vício
Primeiro, o jogo simples e criativo de palavra era gratuito. Daí o “New York Times” o comprou. Ela ainda é grátis – por enquanto. Aproveite enquanto puder. Pelo menos os dias das pessoas que compartilham suas pontuações diariamente acabaram.
“Abbott Elementary” aqueceu nossos corações
Tivemos duas temporadas dessa deliciosa série de sucesso da rede americana ABC (transmitida no Brasil pelo Star+) no mesmo ano! Somos muito sortudos, né? Quinta Brunson, estrela e criadora do série em formato mocumentário sobre uma escola, coloca todo seu coração e sagacidade nessa joia de série. Ver Brunson e Sheryl Lee Ralph, que interpreta a professora veterana Barbara, receberem os Emmys foi um momento doce e muito merecido.
Os Try Guys tentaram nos enganar
Será que todo mundo sabia quem eram os Try Guys antes que um de seus membros cometesse adultério publicamente e os outros o condenassem em um vídeo que viralizou? O drama se desenrolou no YouTube e acabou ganhando as notícias: nós cobrimos o caso e o “Saturday Night Live” fez até uma paródia. Tudo isso e ainda não vimos os Try Guys tentando fazer mais nada além de testar nossa paciência.
Kanye saturou nossa paciência
Bem que a gente queria esquecer. Kanye West fez vários comentários antissemitas este ano, acrescentando às declarações inflamatórias que ele fez no passado. Ele perdeu vários negócios de alto valor por causa de suas observações (mais notavelmente, a parceria Adidas-Yeezy foi encerrada), que se tornaram a última gota para muitos fãs.
O tapa no Oscar atordoou todo mundo
Assistir à cena ao vivo foi bizarro. Nós pensávamos que era algo previsto no roteiro da cerimônia até ficar claro que não, não era. O fato de o tapa ter dominado o noticiário por tanto tempo foi deprimente, mas talvez um sinal de que as cerimônias de premiação importam de fato!
Steve Lacy disparou
Bastou o TikTok para lançar nosso amado Steve Lacy na estratosfera. Seu hit “Bad Habit” decolou no aplicativo e o levou a uma nomeação para o Grammy para gravação do ano. Estamos torcendo por você, Steve!
A volta dos arrasa-quarteirão
“Black Panther: Wakanda Forever” foi um sucesso de público, mesmo sem o falecido Chadwick Boseman. Marvel Studios Ficou bem claro num anúncio da AMC com Nicole Kidman usando um traje brilhante: nós vamos ao cinema para viver a magia. O ano teve alguns grandes blockbusters, da celebração militar de Tom Cruise “Top Gun: Maverick” ao ator Austin Butler roubando a cena de Tom Hanks em “Elvis”. Os dinossauros andaram na terra, o Pantera Negra foi perseguido, Batman meditou e os minions… fizeram coisas de minions.
Os homens jogaram futebol
Os norte-americanos não ligam muito para o soccer, ops, futebol. Mas o fato é que, a cada quatro anos, quando tudo gira em torno da Copa do Mundo, milhões de norte-
americanos viram especialistas em futebol e se reúnem para ver as partidas. A gente ama! Vai, seleção!
Keke Palmer tornou-se uma superstar
Deuses de Hollywood, obrigado por Keke Palmer, que é famosa por literalmente décadas (vide o clássico “Prova de Fogo – Uma História de Vida”), mas só recentemente atingiu os degraus mais altos. Não há nada que ela não tenha feito: apresentadora de talk show, protagonista de série, cantora, meme. Mas, com seu papel em “Não! Não Olhe!”, um dos melhores filmes do ano, ela colocou firmemente a coroa de protagonista sobre suas belas madeixas. E ela está terminando o ano revelando a gravidez no “Saturday Night Live”. A moça está com tudo!
Drake decepcionou
Ah, Drake. Sua música já foi a trilha sonora das nossas noites mais loucas e das mensagens mais arriscadas que enviamos. Mas, agora, em seu último álbum com 21 Savage, você afirma (sem provocação!) que nossa rainha Megan Thee Stallion mentiu sobre ser baleada? Chega de privilégios para você.
BeReal entrou nas nossas vidas
Com a transição do Instagram de aplicativo de mídia social para shopping virtual, como conseguimos ver o que nossos amigos estão fazendo? A resposta pode ser o BeReal, o novo aplicativo de mídia social que bombou em 2022. Se você não está nele, o amigo de um amigo do seu amigo provavelmente está – e tem postado regularmente selfies deliciosamente despretensiosas com seu cachorro. Entre enquanto está bom, ou seja, antes que as mães do Facebook o encontrem.
Lizzo tocou uma flauta centenária
A Lizzo fez a gente se interessar até pela flauta de um antigo presidente. Por alguns doces segundos em seu show em Washington, a cantora conseguiu autorização da Biblioteca do Congresso para tocar algumas notas na rara flauta de cristal de James Madison (presidente dos EUA entre 1809 e 1817). Só este ano, Lizzo também ganhou um Emmy, lançou uma marca de roupa de tamanhos inclusivos e lançou um novo álbum. Que todos sejamos tão produtivos quanto ela.
Young Thug e Gunna foram indiciados
Os rappers Young Thug e Gunna estavam entre as 28 pessoas indiciadas por acusações relacionadas a gangues em Atlanta, desencadeando tanto um movimento na internet de #FreeYSL como uma conversa sobre o uso de letras de rap como evidência em processos criminais. Gunna assinou uma confissão de culpa em dezembro e foi libertado da prisão. Já Young Thug aguarda julgamento. Ficamos sem seu trap às vezes ininteligível, mas sempre divertido.
Zendaya segue divando
Ela ganhou seu SEGUNDO Emmy pelo papel da adolescente viciada Rue de “Euphoria”. Ela continua sendo a melhor coisa nesse série toda bagunçada. Para ser justo, o patamar de comparação é meio baixo. Mas, Zendaya, nós te amamos.
Kendrick Lamar voltou à realeza do rap
Se ganhássemos um Pulitzer (olá, comissão do Pulitzer, acordem aí e vejam nosso talento!!), nos aposentaríamos para uma luxuosa casa de praia e nunca mais trabalharíamos. Kendrick tinha outras ideias depois de chegar ao ápice das premiações e lançou “Mr. Moral & The Big Steppers”, seu primeiro álbum em cinco anos. Embora sua música sobre parentes trans tenha merecido elogios e críticas, Kendrick sabe que a máxima falem mal mas falem de mim nem sempre é válida. Será que ele só volta de novo em cinco anos?
A morte de Takeoff agitou os fãs
Nossa. Essa realmente nos atingiu, pessoal. Descanse em paz, Takeoff, um verdadeiro, uma lenda, um ícone, um terço do amado trio Migos. Takeoff foi a cola que ajudou a unir a família de rap favorita de Atlanta, a ideia por trás de algumas das letras mais citadas da década e o membro menos chamativo, mas ainda assim o mais talentoso do grupo que mudou o jogo. Vá na paz, Takeoff.
“The Bear” nos provocou
Vocês se lembram quando essa série foi lançada e todo mundo ficava falando “Sim, chef” e “Obrigado, chef”? De repente, todos nós ficamos atraídos por um tipo muito específico de chef de cozinha: cabelo despenteado, tatuagens, e obviamente boy lixo. Não podemos mentir, algumas noites, enquanto cozinhamos um jantar, imaginamos
que estamos no meio de um turno movimentado, recebendo freneticamente os pedidos enquanto picamos as costelas marinadas. Ummmm.
Kate Bush vira queridinha da Gen Z
“Running Up That Hill (A Deal With God)” foi destaque na quarta temporada de “Stranger Things” como um hino que manteve Max sã. A série apresentou aos seus milhões de espectadores a música indie dos anos 80, e eles entraram com tudo. Já a senhora Kate Bush acolheu graciosamente sua legião de novos fãs, muitos deles décadas mais jovens do que sua canção de sucesso.
O final agitado de 2022
As últimas semanas do ano foram especialmente frenáticas. Ficamos grudados na tela aguardando o final de “White Lotus”, enquanto discutimos aquela morte e o estilo de um personagem da Geração Z. Todos discutimos sobre os “nepo babies”, os filhos do nepotismo, até o ponto onde até mesmo os nepo babies entraram na conversa. A série “Wandinha”, da Netflix, um mistério centrado na personagem de mesmo nome da Família Addams, quebrou recordes de visualização e fez com que usuários do TikTok fizessem sua própria dança macabra para “Bloody Mary” de Lady Gaga. E Tory Lanez, o rapper canadense acusado de atirar no pé de Megan Thee
Stallion em 2020, foi considerado culpado em todas as acusações poucos dias antes do Natal.
[“Não se preocupe, querida”, “The Batman” e “Elvis” foram distribuídos pela Warner Bros. Pictures, que, assim como a HBO (casa de “Game of Thrones”), fazem parte da mesma empresa-mãe da CNN, a Warner Bros. Discovery.]
Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.
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Fonte: CNN Brasil