Em 2015, um mapeamento realizado pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB) apontou cerca de dez áreas com riscos na região de Gramado, na serra do Rio Grande do Sul. Entretanto, o Vale do Quilombo, localização do prédio que desabou na manhã desta quinta-feira (23), não estava incluso no alerta.
O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) informou, nesta quinta-feira (23), que acionou a Justiça para a realização de audiência com a prefeitura de Gramado (RS).
“Vemos a necessidade urgente de novos estudos e mapeamentos, pois outros bairros da cidade apresentaram alguns problemas e também não estão na lista”, afirma o promotor de Justiça Max Guazelli, à CNN.
A promotoria busca discutir sobre desmoronamentos ocorridos nos últimos dias na cidade da serra gaúcha, além de novos mapeamentos sejam realizados a cada três anos, devido às movimentações de terra e ao volume de chuvas que estão sendo registrados na região.
Em 2013, o promotor instaurou um inquérito civil devido a deslizamentos de terra em diferentes pontos do município e alertou sobre os riscos futuros. Três anos depois, outra ação civil pública solicitou mapeamento dos locais com problemas.
Sobre os desabrigados e desalojados da ultima semana após deslizamentos e rachaduras, o promotor informa que vai solicitar o acompanhamento das famílias removidas.
A CNN solicitou informações à prefeitura de Gramado (RS) sobre ações no município e aguardamos resposta.
Apartamentos de prédio que desabou custavam mais de R$ 1 milhão
Um apartamento no prédio que caiu custava em torno de R$ 1,2 milhão, segundo publicações em sites de imobiliárias locais. O acidente não deixou feridos — os moradores do local já haviam saído no último sábado (18), de acordo com a prefeitura da cidade, por conta do risco de desmoronamento.
As tempestades provocaram, até o momento, cinco óbitos no estado, que tem rodovias interditadas e pessoas desabrigadas.
VEJA COMO ERA O PRÉDIO ANTES DO DESABAMENTO:
*sob supervisão de Elis Franco
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Fonte: CNN Brasil