Vladimir Putin teve uma conversa série com o FSB, o serviço de segurança da Rússia, e ordenou aos agentes que fortaleçam a contra-espionagem para combater os serviços de inteligência do Ocidente.
O líder russo ainda reiterou que é necessário aumentar o nível de segurança de informação e do espaço digital russo para identificar e impedir tentativa de interrupção dos recursos e comunicações da Rússia.
“Eu já disse que nossas forças militares ganharam uma experiência de batalha inestimável. Experiência semelhante foi adquirida no ano passado pelo FSB e outras forças especiais [russas]. Devemos usá-lo plenamente para fortalecer a segurança de nosso país. Para proteger o estado, a sociedade, os direitos e liberdades de nossos cidadãos”, disse.
Um relatório divulgado pelo Instituto para Estudo da Guerra mostrou que Putin pode voltar a ordena novas convocações. Segundo o documento, o sistema russo recruta, por ano, 260 mil soldados.
Com as campanhas voluntárias e a mobilização de setembro do ano passado, ainda deve haver pessoal com experiência militar e idade ideal para substituir as baixas.
O líder russo pode precisar ampliar a convocação e obrigar um número maior de jovens russos a se juntar ao serviço militar, mas será barrado pela demografia. Isso porque cerca de 800 mil jovens completam 18 anos por ano na Rússia.
Aumentar a convocação para muito além dos 260 mil soldados já forçados a servir o exército russo coloca em risco jogar jovens sem condições físicas em uma guerra, ao mesmo tempo que exclui eles da economia russa.
Ainda segundo o relatório, a mão de obra russa ilimitada para guerra não passa de um mito.
Putin já foi forçado a fazer escolhas difíceis para compensar as terríveis perdas que sua “operação militar especial” custou às forças armadas russas, e precisará fazer outras escolhas difíceis em 2022 se quiser continuar com a guerra.
A aposta do instituto é que a rússia vai continuar com as mobilizações em vez de desistir.
As medidas que Putin provavelmente terá que tomar terão um custo alto para Rússia e para si mesmo. Tanto na economia quanto na prestação de contas com a população.
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Fonte: CNN Brasil