A Organização das Nações Unidas (ONU) descreveu a situação na Faixa de Gaza como uma questão de “vida ou morte”, alertando que o abastecimento de água potável para as 2 milhões de pessoas que ali vivem está perigosamente baixo.
A ONU também alertou sobre os riscos crescentes de doenças transmitidas pela água.
“Tornou-se uma questão de vida ou morte”, disse o comissário-geral da Agência de Assistência e Obras da ONU para os Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA, sigla em inglês), Phillippe Lazzarini, em um comunicado neste sábado (14).
Lazzarini destacou o impacto devastador do bloqueio a Gaza, que há uma semana não recebe nova ajuda humanitária.
“A água potável está acabando na Faixa de Gaza após a estação de tratamento de água e as redes públicas de água terem parado de funcionar. As pessoas são agora forçadas a utilizar água suja de poços, aumentando os riscos de doenças. Gaza também está sob um corte de eletricidade desde 11 de outubro, impactando o abastecimento de água”, disse o comunicado.
A UNRWA foi forçada a transferir as suas operações centrais da Cidade de Gaza para um local no sul de território após a ordem de evacuação israelense emitida na sexta-feira (12).
A agência alertou que a água “também está acabando” na sua nova localização, à medida que milhares de civis deslocados do norte de Gaza continuam a chegar.
“Só nas últimas 12 horas, milhares de pessoas foram deslocadas. O êxodo continua à medida que as pessoas se deslocam para a zona sul da Faixa de Gaza. Quase 1 milhão de pessoas foram deslocadas numa só semana”, destaca o comunicado.
“Precisamos transportar combustível para Gaza agora. O combustível é a única maneira de as pessoas terem água potável. Caso contrário, as pessoas começarão a morrer de desidratação grave, entre elas crianças pequenas, idosos e mulheres. A água é agora a última salvação que resta”, acrescentou Lazzarini.
“Apelo para que o cerco à assistência humanitária seja levantado agora.”
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Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.
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Fonte: CNN Brasil