O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, admitiu que, a pedido do União Brasil, o governo está avaliando a permanência dos ministros indicados pela legenda. Segundo Padilha, a sigla está reavaliando os nomes dos três indicados a ministérios e o governo “sempre esteve à disposição e aberto” ao diálogo com a base aliada.
Padilha ainda afirmou que o União Brasil não apresentou nada especificamente sobre um ou outro ministro, mas que está na pauta discutir com o partido a reformulação das indicações.
No entanto, a pressão está sob o nome de Daniela Carneiro, do Ministério do Turismo, especialmente porque o marido dela, o prefeito de Belford Roxo, Wagner dos Santos Carneiro, o Waguinho (Republicanos-RJ), se reuniu com a bancada do Republicanos na Câmara dos Deputados e com dirigentes em uma tentativa de manter a esposa no cargo como indicação da sigla, transformando o partido em base aliada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como mostrou o analista de Política da CNN Leandro Resende.
“O presidente sempre esteve à disposição e aberto, não só à Daniela, no Turismo, que o presidente inclusive considera o trabalho dela bastante positivo. Amanhã, a Daniela estará na Câmara mostrando seu trabalho. Nosso líder do governo na Câmara tem buscado, inclusive, os acolher da melhor forma possível, de maneira respeitosa, valorizando o trabalho que vem sendo feito. Estará no Senado também nesta semana, da mesma forma. O presidente Lula tem carinho pelos 37 ministros e ministras, inclusive a ministra Daniela”, disse.
Padilha ainda acrescentou que a decisão é do partido: “Neste momento, o partido que indicou o desejo de analisar os ministros foi o União Brasil, e o governo acolhe o pedido para ouvir e discutir. Quem avalia, quem nomeia, quem troca, é o presidente da República, ouvindo seus ministros e ministras. O que está em aberto é a discussão com o União, que avalia suas indicações. Este tema está na agenda, e nós vamos discutir ao longo desta semana”.
Já o líder do governo no Senado, senador Jaques Wagner (PT-BA), apontou que este é um problema do União Brasil e não da base de governo. Segundo ele, há uma divergência interna porque a ministra Daniela está de saída da sigla.
“Não há reforma ministerial em curso, há um problema localizado num partido e se eventualmente tiver que resolver vai ser sem desprezar ninguém. O prefeito Waguinho e a deputada Daniela foram extremamente corajosos em um ambiente bastante contrário e sustentaram a campanha do presidente Lula, então a gratidão do presidente Lula é total. Mas tem o drama do partido deles, e eles quem têm que administrar porque foram eles quem indicaram os nomes”, afirmou a jornalistas no Palácio do Planalto.
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Fonte: CNN Brasil