Repercutiu nas redes sociais um vídeo em que uma influencer faz um “jogo” com duas crianças negras, que têm que escolher entre ganhar dinheiro ou um brinquedo.
Ao escolherem o presente, as crianças recebem da influenciadora uma banana e um macaco de pelúcia. O caso tem sido avaliado por advogados como “racismo recreativo”.
O advogado José Vicente, que também é reitor da instituição Zumbi Dos Palmares, e Fayda Belo, advogada criminalista especialista em Crimes de Gênero, Direito Antidiscriminatório e Feminicídios falaram à CNN sobre o tema.
Fayda Belo acredita este episodio reforça a ideia de que a população não pode minimizar, ignorar nem normalizar crimes graves como o que podem ter praticado as influenciadoras.
“O Brasil vive o mito de que não existe racismo, de que o Brasil não é racista e quase sempre, caso de racismo, são ignorados. Então, quando vemos uma grande onda se unindo para cobrar o poder público para uma resposta jurídica a altura de um mal tão grave que animaliza corpos negros, é muito relevante”.
Na visão de Vicente, cada vez mais a sociedade toma conta e passa uma energia muito forte, no sentido de repudiar ações desta natureza.
“Por conta disso, a gente acaba construindo um muro de proteção, de modo que todas aqueles que estiverem do outro ficam mais sujeitos a essas responsabilizações, criminalizações e ao repúdio de toda essa sociedade que não se coaduna com essa atitude e que quer, definitivamente, deixar de que sejamos um país racista e de racista, para ser um país que respeita todas as pessoas.”
*Produzido por Duda Cambraia.
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Fonte: CNN Brasil