Nesta sexta-feira (23), Alexandre Schwartsman, economista e ex-diretor de assuntos internacionais do Banco Central, Paulo Uebel, ex-secretário do Ministério da Economia e Alessandra Ribeiro, economista e sócia da Tendências Consultoria opinaram na CNN Brasil sobre os caminhos que a economia do Brasil pode seguir.

O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), anunciou nesta quinta-feira (22) mais quatro auxiliares que irão integrar o segundo escalão da pasta.

O auditor fiscal Rogério Ceron vai chefiar o Tesouro Nacional, a Receita Federal será ocupada pelo procurador-chefe da Fazenda do município de São Paulo e advogado Robinson Barreirinhas; Guilherme Mello, economista e que estava a frente da campanha de Lula, assumirá a Secretaria de Políticas Econômicas; e Marcos Barbosa Pinto, ex-diretor do BNDES, assumirá a Secretaria de Reformas Econômicas.

O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin, após anúncio de Lula, assumirá a pasta da Indústria e Comércio do governo Lula. Vamos entender a repercussão desses anúncios para a economia, recebendo hoje no Visão CNN

Para Schwartsman, no que diz respeito aos quadros mais próximos do Fernando Haddad, são nomes mais técnicos, pessoas com uma experiência de setor público e, por terem trabalhado juntos de maneira próxima na Prefeitura, é uma relação de confiança.

Mas, o economista diz que no caso da Secretaria de Política Econômica, é mais crítico. “Não é um quadro eminentemente técnico, deveria ser uma pessoa capaz de formular política econômica. Sei que o Guilherme Melo foi responsável pela formulação do programa econômico, e se a gente for ler o que está sendo proposto, e um negócio absolutamente desastroso”.

Ubel também destaca a escolha de Gilherme Melo. Para ele, o secretário escolhido traz uma visão atrasada, que não tem respaldo nas melhores práticas internacionais, uma postura desenvolvimentista, protecionista e contra as reformas. “Ele já se manifestou contrário a essa reforma [trabalhista] e isso traz uma insegurança muito grande para o setor privado, produtivo e também para o mercado financeiro”, acredita.

Ribeiro confirma que a avaliação dos economistas no Painel CNN é muito próxima, pois a opinião em relação ao Guilherme de Melo, são preocupantes. “Pensando em um gasto em um curtíssimo prazo, consegue-se dar algum impulso à atividade econômica. Mas, o fato é que com a piora das condições financeiras, percepção de risco, juros para cima, câmbio depreciando, Banco Central tendo que reagir, a gente sabe como vai ser essa conta”, destaca.

Fonte: CNN Brasil