Um grupo de cientistas do City of Hope, um dos principais centros de pesquisa sobre câncer nos Estados Unidos, apresentou na terça-feira (1º) um estudo que mostra o funcionamento e a eficácia do uso de uma molécula para aniquilar células sólidas cancerígenas sem afetar células saudáveis.
A pílula já está na primeira fase de testes em humanos, enquanto pesquisadores seguem investigando o que a fez ser eficaz quando foi testada em animais.
O estudo da molécula AOH1996 vem sendo desenvolvido nas últimas décadas por Linda Malkas, professora do Departamento de Diagnóstico Molecular e Terapêutica Experimental do City of Hope.
“Nossa pílula que mata o câncer é como uma nevasca que fecha um terminal importante de um aeroporto, cancelando todos os voos de entrada e saída apenas de aviões que transportam células cancerosas”, explicou.
Isso ocorre porque a AOH1996 ataca a variante cancerígena do PCNA (da sigla em inglês, antígeno nuclear de célula proliferante), que é responsável pela replicação do DNA de todas as células e essencial para o crescimento e o reparo de tumores em expansão.
Vídeo – Novo tratamento para câncer de pele é rápido e eficiente, diz especialista
data-youtube-width=”500px” data-youtube-height=”281px” data-youtube-ui=”saude” data-youtube-play=”” data-youtube-mute=”0″ data-youtube-id=”94RINebYH6g”
“Os dados sugerem que o PCNA é alterado exclusivamente nas células cancerígenas, e esse fato nos permitiu projetar uma droga que visava apenas a forma de PCNA nas células cancerígenas”, disse a pesquisadora.
O AOH1996 se mostrou eficaz em pesquisas pré-clínicas no tratamento de células derivadas de diversos tipos de câncer, como o de mama, próstata, cérebro, ovário, colo do útero, pele e pulmão.
A molécula também parece conseguir tornar células cancerígenas mais suscetíveis a terapia que danificam o DNA ou os cromossomos. Isso, segundo o City of Hope, sugere que ela pode ser eficaz também em terapias combinadas.
Veja também — Sinais de alerta para o câncer infantil
-
1 de 7
Febre por mais de sete dias sem causa aparente
Crédito: Kelly Sikkema/Unsplash -
2 de 7
Dor óssea, com aumento progressivo e duração por mais de um mês
Crédito: Ivan Zhdanov/Getty Images -
3 de 7
Petéquias (manchas avermelhadas na pele), equimose (manchas arroxeadas) e palidez
Crédito: Sally Anscombe -
4 de 7
Leucocoria (reflexo branco na pupila do olho quando exposta à luz), estrabismo e protusão ocular
Crédito: Alexander.L.Ringeisen -
5 de 7
Distúrbios visuais
Crédito: Erdark/Getty Images -
6 de 7
Linfonodos (ou gânglios) aumentados
Crédito: FatCamera/Getty Images -
7 de 7
Dor de cabeça persistente e progressiva, primariamente noturna, que acorda a criança ou aparece quando ela se levanta de manhã, acompanhada de vômito ou de sinais neurológicos
Crédito: Olga Khorkova / EyeEm/Getty Images
Compartilhe:
Fonte: CNN Brasil