Policiais federais foram ao gabinete 885 do anexo III da Câmara dos Deputados, na manhã desta quarta-feira (2), para cumprir mandado de busca e apreensão contra a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). No entanto, segundo a deputada disse em coletiva e de acordo com as fontes ouvidas pela CNN, nada foi apreendido.
“Não havia nada de interessante lá”, disse um investigador à reportagem. Segundo essas fontes, o computador da deputada não estava no gabinete, apenas as máquinas dos servidores.
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Já no apartamento funcional da deputada, na Asa Sul de Brasília, a PF ficou de 6h às 10h no local e apreendeu o passaporte da parlamentar, além de documentos, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Um chaveiro foi chamado pelos policiais para a abertura de um cofre.
Na ação desta quarta-feira (2), em São Paulo, a Polícia Federal (PF) prendeu o hacker Walter Delgatti, que ficou conhecido pelo acesso de mensagens da Operação Lava Jato.
A PF suspeita da ligação de Zambelli com Delgatti após encontrar pagamentos de dois assessores ao hacker no valor de R$ 13,5 mil a ele. Em coletiva de imprensa, a deputada negou qualquer relação. “Eu não fraudaria as eleições para o Lula ganhar, e nem seria tão barato assim”.
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Os crimes investigados pela PF ocorreram entre os dias 4 e 6 de janeiro de 2023, quando foram inseridos no sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e dez alvarás de soltura de indivíduos presos por motivos diversos, além de um mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
À PF, Delgatti admitiu que acessou o sistema para incluir o mandado falso de prisão contra Moraes, mas negou ter inserido os alvarás de soltura. Segundo ele, a deputada Zambelli que teria pedido esse serviço, o que é rechaçado pela parlamentar.
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Fonte: CNN Brasil