Em entrevista à CNN na tarde deste domingo (10), o prefeito da cidade de Muçum (RS), Mateus Trojan (MDB), disse que entregou ao presidente em exercício, Geraldo Alckmin, um documento que lista as urgências do município.

Alckmin está no Rio Grande do Sul para visitar as cidades atingidas pelas fortes chuvas provocadas pela passagem de um ciclone extratropical no início da semana passada.

Uma das principais demandas da região, segundo Trojan, é a desburocratização dos processos.

“Nós não podemos ficar entravados nas morosidades que muitas vezes o Estado possui. Nós precisamos que as coisas sejam céleres, sejam ágeis”, afirmou.

Outros pontos listados no documento pela Prefeitura foram a viabilização de recursos financeiros para infraestrutura urbana e rural; apoio técnico institucional; criação de programas de subsídios para indústrias e empresas; priorização de encaminhamento das escolas municipais; auxílio financeiro ao hospital local; quitação de um processo judicial para que o hospital do município receba pagamentos retroativos de valores do teto do SUS corrigidos e crédito facilitado para as vítimas da tragédia.

Segundo Trojan, mesmo que a cidade tivesse infraestrutura para suportar a passagem de um ciclone, a situação “iria se tornar catastrófica e trágica da maneira que se tornou”, uma vez que o episódio se trata do maior desastre natural do Rio Grande do Sul.

Ele afirmou ainda que este não é o momento para “encontrar culpados” pelo desastre.

“Eu acho que o momento, antes da gente pensar em encontrar culpados, é encontrar soluções. Primeiro de reconstrução e de reestruturação, e segundo de estudos para entender tecnicamente o que foi que aconteceu”.

Para ele, é necessário agir rápido para que não se crie o “comodismo” de que situações como esta não voltarão a acontecer.

“Por algum motivo, o destino, as forças dividas ou qualquer outra coisa, nos colocou à frente desse processo […] Nós precisamos ir além. Precisamos entender, estudar e nos preparar para evitar outros momentos”, concluiu.

Publicado por Amanda Sampaio, da CNN.

Fonte: CNN Brasil