Após a curta rebelião de Yevgeny Prigozhin, chefe do exército de mercenários do Grupo Wagner, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, agradeceu aos insurgentes por tomarem a “decisão certa” ao interromper seu avanço e ofereceu-lhes contratos para se juntarem às forças do Ministério de Defesa russo.
Ele também afirmou, em seu comunicado à nação, que a “rebelião armada teria sido reprimida de qualquer maneira”, sem especificar como.
Prigozhin se encontra em Belarus, segundo o presidente do país, Aleksandr Lukashenko, que afirma ter convencido Putin a não “destruir” o Grupo Wagner e seu chefe, no que poderia ter sido o início de uma guerra civil russa.
Outras pessoas já desafiaram o presidente Vladimir Putin antes, e seu fim foi quase sempre trágico.
Com fortes críticas ao Kremlin, Boris Nemtsov era um dos líderes da oposição russa mais promissores. Ele já havia sido preso diversas vezes por se opor publicamente ao governo de Putin, mas em 2015 foi morto a tiros próximo ao Kremlin.
Cinco homens de nacionalidade chechena foram declarados culpados pelo crime e sentenciados a mais de uma década na prisão.
Mikhail Khodorkovsky já foi o homem mais rico da Rússia, mas cruzou a linha quando passou a promover e defender reformas no governo de Putin e acusá-lo de corrupção.
Khodorkovsky foi preso em 2003, acusado de fraude fiscal, e recebeu a sentença máxima para o crime. Ele alega que as acusações tiveram motivação política.
Quando questionado sobre o caso, Putin, que na época era primeiro-ministro da Rússia, disse que “um ladrão deveria estar na prisão”.
Alexei Navalny, líder convicto da oposição russa, perdeu a consciência dentro de um voo para Moscow, em 2020. Ele foi levado, em coma, para um hospital na Alemanha, onde investigações médicas concluíram que Navalny havia sido envenenado.
Ele prometeu continuar se opondo ao governo e russo e foi preso meses depois, ao retornar para o país. Navalny segue numa prisão de segurança máxima e pode continuar preso por décadas se tiver a pena estendida.
*Publicado por Fernanda Pinotti, com informações de Erin Burnett, da CNN
Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.
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Fonte: CNN Brasil