A lendária cantora francesa Edith Piaf ganhará vida na cinebiografia animada “Edith”, que busca inovar ao usar Inteligência Artificial (IA) para recriar a voz e imagem dela.
O filme foi anunciado na última semana pela Warner Music e recebeu uma série de críticas negativas nas redes sociais.
As produtoras e idealizadoras do projeto, Julie Veille e Giles Marliac, defenderam, em entrevista à revista “Variety”, a ideia do uso da IA para recriar a voz de Piaf.
Na publicação da revista, Veile diz que a opção por usar a IA surgiu para que a animação fosse realista, porque elas não queriam que fosse apenas um “desenho animado”.
“A voz de Edith Piaf é facilmente identificável com muitas entonações e emoções fortes. Queríamos que a animação fosse completamente realista, então trabalhamos com uma ferramenta de deep fake”, explicou.
Segundo ela, a empresa que detém os direitos de imagem de Piaf não se opôs à ideia: “Pelo contrário, eles ficaram bem satisfeitos. Eles não querem que [ela] pareça um desenho animado”.
Já Marliac ressaltou para a revista a importância da cautela no projeto, já que nunca algo semelhante foi feito antes.
“É a primeira vez que deep fakes serão usados em animação. É algo inteiramente novo. E, como qualquer coisa inédita, você precisa ser cauteloso e fazer muitos testes”.
A Warner Music afirma que centenas de videoclimas, músicas e imagens de Piaf serão utilizados pela ferramenta de IA para recriar a cantora.
A produtora ainda confirmou que gravações de músicas originais famosas, como “Non Je ne regrette rien” e “La vie en rose”, serão usadas no filme.
A animação será inspirada uma ideia de Julie Veille, escrita em parceria com Gilles Marliac. Elas trabalham com o presidente da Warner Music Entertainment, Charlie Cohen.
Anteriormente, Piaf já foi revivida no cinema pela atriz Marion Cotillard, no filme “Piaf – Um Hino ao Amor” (“La Môme”).
*Publicado por Pedro Jordão, da CNN em São Paulo
Compartilhe:
Fonte: CNN Brasil