Uma startup que presta serviço de scooter elétrico acaba de se tornar a única empresa a realizar uma oferta pública inicial na Rússia este ano.
A Whoosh, que estreou nesta quarta-feira (14), disse que arrecadou 2,1 bilhões de rublos (US$ 32,6 milhões) por meio da listagem, dando-lhe uma avaliação de 20,6 bilhões de rublos (US$ 320 milhões).
“Em quatro anos, passamos de uma startup a líder do mercado russo [de compartilhamento de scooters], tornando as viagens de scooter elétrica um meio de transporte familiar”, disse o CEO da Whoosh, Dmitry Chuiko, em comunicado.
Mas as ações estavam cotadas no limite inferior do intervalo esperado da empresa. Arrecadou menos da metade do que pretendia no início do mês.
A única estreia na bolsa de valores de Moscou em 2022, e a primeira desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, mostra o clima difícil para as empresas russas desde que os investidores internacionais fugiram dos mercados financeiros do país e o Ocidente impôs sanções sem precedentes ao país.
Centenas de empresas ocidentais – de gigantes do petróleo e marcas de tecnologia a montadoras, bancos e redes de fast food – deixaram a Rússia este ano. O McDonald’s agora é chamado de “Vkusno i tochka”, ou “Saboroso, e é isso”, e os cafés Starbucks reabriram sob a marca mal disfarçada Stars Coffee.
O principal índice de ações do país caiu 43% no acumulado do ano, enquanto as ações dos EUA caíram 15%.
No ano passado, foram seis IPOs na Rússia, segundo dados da Dealogic.
Chuiko disse que a Whoosh foi apoiada pelos principais fundos de investimento russos, que representaram mais da metade do volume total do IPO, bem como por mais de 20.000 investidores privados.
No final de setembro, a Whoosh tinha cerca de 82.000 scooters em 40 cidades da Rússia e ex-estados soviéticos e 11,2 milhões de usuários registrados.
*Darya Tarasova contribuiu com esta reportagem
Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.
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Fonte: CNN Brasil