A senadora Soraya Thronicke (União Brasil-MS) afirmou nesta terça-feira (21) ter as assinaturas necessárias para a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar os atos criminosos de 8 de janeiro e cobrou uma ação do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Soraya é autora do requerimento de criação de CPI para apurar os atos criminosos de 8 de janeiro deste ano, além de seus eventuais financiadores. Ela começou a colher as assinaturas em apoio à CPI ainda em janeiro.
Rodrigo Pacheco afirmou que ela precisaria ratificar as assinaturas dos senadores que haviam apoiado a medida, por causa da nova legislatura, iniciada em fevereiro. No entanto, Soraya reclama do que enxerga ser uma interpretação pessoal de Pacheco e alega não haver essa previsão de ratificação no regimento interno do Senado.
“Não existe a hipótese de ratificar. Portanto, não tem que se ratificar”, declarou a senadora, nesta terça, no Senado.
Após o pedido de revalidação de Pacheco, 15 senadores ratificaram as assinaturas, 20 não ratificaram nem retiraram, enquanto outros nove desistiram do apoio dado anteriormente.
Soraya alega contar com o apoio de 35 senadores –os que ratificaram e os que não tomaram alguma medida. Para dar continuidade a um pedido de CPI são necessárias pelo menos 27. Por isso, defende que Pacheco leia o requerimento de criação da CPI, um dos passos necessários para sua tramitação.
Pacheco, por sua vez, ainda não se pronunciou oficialmente sobre o assunto.
A senadora disse que pretende conversar com Pacheco em plenário e que ainda não recebeu uma explicação clara quanto ao que acontece com o pedido de CPI e as 20 assinaturas não ratificadas nem retiradas por parte da Secretaria-Geral da Mesa do Senado.
A jornalistas, Soraya afirmou entender “que o governo faça articulação” contra a CPI, mas que “não se pode ultrapassar o limite legal”. Em sua avaliação, a situação está gerando “insegurança”.
Ela acrescentou que vai esperar também uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) quanto ao tema – há uma ação em curso. Ainda assim, não descartou tomar outras providências.
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Fonte: CNN Brasil