Uma vereadora de Ilhabela, no litoral de São Paulo, deve entrar com uma representação na Justiça contra o prefeito da cidade por violência política.
Durante uma discussão, o prefeito Antônio Luiz Colucci (PL) disse à vereadora Diana Almeida (PL): “Você sente ali e se comporte.”
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“Você sente ali e se comporte. A senhora já tentou atrapalhar muitas licitações”, diz Colucci em vídeo da discussão divulgado pela vereadora.
“Eu quero ver o senhor fazer eu sentar. O senhor é que atrapalha o dinheiro público da cidade. O senhor estava direcionando a licitação”, respondeu Diana.
O prefeito ainda chamou a vereadora de “mentirosa” e pediu para ela se “ater à posição de vereadora”.
À CNN, a vereadora relatou que a licitação tratava da contratação de uma empresa para administrar as redes sociais de Ilhabela por R$ 4 milhões. Ela alega que o prefeito direcionou a licitação para uma empresa.
“Há uma lei para transmitir ao vivo a licitação, mas eles não estavam transmitindo, então nós mesmos fomos lá fazer a transmissão, então depois nós discutimos. Esse prefeito já tem uma conduta muito grosseira com mulheres”, disse Diana.
“Nós fizemos uma representação ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas em relação a essa licitação. Vou também fazer uma representação por violência política contra o prefeito”, acrescentou.
Procurada, a Prefeitura de Ilhabela afirmou que “preza e pratica o mais rígido respeito pela independência dos Poderes”.
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“Todos os parlamentares têm livre acesso a todos os espaços nos quais se desenvolvem as atividades da administração pública, bem como todos os requerimentos de informação e demais solicitações são respondidos conforme demanda”, acrescentou a Prefeitura.
“Nessa lógica, a Prefeitura não pode permitir a transformação de processos e condutas da administração pública em palco para desenvolvimento de atividades políticas e tampouco que funcionários públicos sejam constrangidos no exercício da função, prática que vem sendo executada pela vereadora em questão”, completou.
No comunicado, a Prefeitura ainda acusa a vereadora Diana de, no dia 30 de dezembro do ano passado, “tumultuar o processo licitatório” de ampliação de um hospital.
“Já o contrato por ora questionado, trata-se de uma necessidade de atendimento às metas da comunicação pública, que preconiza oferecer e ampliar o acesso da população a todas as políticas públicas implantadas no município, bem como expandir a participação cidadã. A prática já é adotada em várias esferas governamentais. Nesse sentido, dizer que o contrato se limita à divulgação dos atos públicos em redes sociais é desconhecer a dimensão da tarefa da comunicação pública para a democracia”, concluiu a Prefeitura.
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Fonte: CNN Brasil