A Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo, na manhã desta terça-feira (1º), atualizou para 12 o número de mortos na operação policial iniciada no último fim de semana no litoral do estado, após a morte de um policial militar membro das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota).
“A Operação Escudo para repressão ao tráfico de drogas e ao crime organizado segue em curso na Baixada Santista. 32 suspeitos já foram presos e 20,3 quilos de drogas e 11 armas apreendidas. Doze suspeitos morreram ao entrarem em confronto com as forças de segurança desde o início da operação”, afirmou a SSP em nota.
VÍDEO – Seria possível reduzir a letalidade durante operação?
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“Por determinação da SSP, todos os casos são investigados pela Divisão Especializada de Investigações Criminais (DEIC) de Santos e pela Polícia Militar por meio de Inquérito Policial Militar (IPM). As imagens das câmeras corporais serão anexadas aos inquéritos em curso e estão disponíveis para consulta irrestrita pelo Ministério Público, Poder Judiciário e a Corregedoria da PM”, completou o comunicado.
A chamada Operação Escudo foi iniciada pela PM de São Paulo após a morte do PM Patrick Bastos Reis, de 30 anos, membro das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota).
VÍDEO – Ouvidoria vai pedir imagens das câmeras dos PMs
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No domingo (30), Tarcísio afirmou nas redes sociais que o autor do disparo que matou o PM, conhecido como “sniper do tráfico”, havia sido capturado na zona sul da capital paulista. “A justiça será feita. Nenhum ataque aos nossos policiais ficará impune”, escreveu o governador.
Quando o número oficial do governo de São Paulo sobre a operação era de oito mortes, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) negou qualquer tipo de hostilidade ou excesso da polícia. “Houve uma atuação profissional, que resultou em prisões. E nós vamos continuar com a operação”, afirmou.
“A polícia quer evitar o confronto de toda forma, mas, a partir do momento que ela é hostilizada, infelizmente há um confronto. (…) A polícia reage e ela vai reagir para repelir a ameaça”, declarou Tarcísio.
O que se sabe sobre o caso
- Patrick Bastos Reis, de 30 anos, morreu na quinta-feira (27) durante uma operação na Baixada Santista, após ser atingido por um tiro à longa distância;
- De acordo com a inteligência da polícia, o disparo que matou o soldado Reis foi feito a uma distância entre 50 e 70 metros, do alto de uma comunidade em Guarujá, na Baixada Santista. Os policiais foram atacados quando patrulhavam o bairro Vila Zilda;
- A morte desencadeou uma grande operação policial no litoral nos últimos dias, depois de a morte do PM da Rota ter causado comoção entre os policiais. Participaram da ação 600 agentes de equipes especializadas das polícias Civil e Militar paulista;
- No domingo (30), o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou nas redes sociais que o autor do disparo que matou Reis havia sido capturado na zona sul da capital paulista;
Tarcísio nega excesso da polícia
- Durante a coletiva na segunda-feira (31), Tarcísio negou que tenha havido excessos na operação. “Não houve excesso. Houve uma atuação profissional, que resultou em prisões. E nós vamos continuar com a operação”, disse o governador;
- Tarcísio também acrescentou que houve 10 prisões na operação: “Aqueles que resolveram se entregar à polícia foram presos, foram apresentados à Justiça.”
Ouvidoria vai pedir imagens das câmeras dos PMs
- Em entrevista à CNN, o ouvidor das polícias de São Paulo, Claudio Aparecido da Silva, disse que moradores da Baixada Santista denunciaram uma abordagem violenta por parte dos policiais que atuaram na operação em Guarujá;
- Além disso, o ouvidor declarou que irá pedir as imagens das câmeras utilizadas pelos policiais. “Tem violações físicas, psicológicas, invasões de residência sem mandado judicial, policiais encapuzados invadindo residências e uma série de outros aspectos”, acrescentou.
* Publicado por Léo Lopes, com informações de Leandro Resende e Renan Fiuza
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Fonte: CNN Brasil