O fundador da startup de consultoria e despachante de carga Flexport, Ryan Petersen, afirmou que a empresa irá suspender diversos postos de trabalho poucos dias antes de muitos candidatos começarem a trabalhar.
A decisão vem na sequência de uma mudança importante na liderança da companhia.
“Lamento profundamente às pessoas que esperavam ingressar em nossa empresa e não poderão fazer isso neste momento”, escreveu Petersen no X, antigo Twitter, nesta sexta-feira (8). “Está uma bagunça. Mas não há como evitar isso”, acrescentou.
Petersen disse ainda que “não tinha ideia de por que 75 pessoas assinaram contrato para ingressar na empresa”.
O empresário também afirmou que as mais de 200 vagas de emprego abertas no site da Flexport seriam canceladas, enquanto a companhia “colocava a casa em ordem”.
“Vamos ajudá-los a encontrar emprego. Não posso simplesmente distribuir dinheiro”, concluiu.
Um porta-voz da Flexport disse que a empresa não irá fazer novos comentários sobre o caso.
As ofertas rescindidas vieram no final de uma semana agitada para a empresa, que tem sede em São Francisco, na Califórnia.
A Flexport pode até não ser muito conhecida por muitos americanos fora do Vale do Silício, mas é destaque na Bay Area por seu foco na cadeia de suprimentos e software de remessa.
A empresa levantou mais de US$ 2 bilhões de empresas de venture capital, como Andreessen Horowitz, Sofbank e Peter Thiel’s Founders Fund, e recentemente foi avaliada em até US$ 8 bilhões.
Na quarta-feira (6), Dave Clark, um ex-executivo da Amazon que se tornou CEO da Flexport há apenas um ano, anunciou sua renúncia ao cargo.
Clark sugeriu ter diferenças com Petersen, citando o “desejo do fundador de focar no crescimento do negócio de frete”.
Petersen, que se tornou presidente executivo da Flexport, retornou ao cargo de CEO após a renúncia de Clark.
Em seguida, pelo menos seis executivos contratados por Clark foram demitidos, segundo reportagens.
Em 2022, a Flexport liderou a lista “Disruptor” da CNBC e ganhou elogios pelo uso da tecnologia para melhorar as cadeias de abastecimento globais e modernizar a indústria de agenciamento de carga.
Em janeiro, a empresa demitiu 20% da sua força de trabalho global, cerca de 600 pessoas.
Na ocasião, Clark e Petersen eram CEOs da empresa e disseram que a empresa estava “numa boa posição”, mas “não imune à recessão macroeconômica que impactou as empresas em todo o mundo”.
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Publicado por Amanda Sampaio, da CNN.
Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.
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Fonte: CNN Brasil