Começou a nascer o plano econômico de Javier Milei para salvar a Argentina de sua catástrofe autoimposta.

As medidas são dramáticas, com repercussões e efeitos ainda incalculáveis. Entre elas, cortes de gastos e subsídios, desvalorização aguda do câmbio oficial e aumento de impostos.

Faltaram os detalhes, as modulações, os prazos e, portanto, sobram dúvidas e medo — medo do que vai acontecer com os pobres, os aposentados, os assalariados e com os negócios.

O que fica claro no pronunciamento de Luis Caputo, ministro da Economia, é que a prioridade é controlar as contas públicas e tentar proteger minimamente quem depende do governo para viver, como os beneficiados dos programas sociais, cerca de cinco milhões de argentinos.

Não dá para dizer que há surpresas. Era inescapável passar pelo roteiro apresentado por Caputo. A diferença está na intensidade com que Milei vai querer – ou melhor, tentar – corrigir o país.

O Fundo Monetário Internacional, a quem a Argentina deve US$ 45 bilhões, deu respaldo ao plano. Também aqui não havia alternativa, já que o FMI está amarrado até o pescoço com o país.

O primeiro efeito já veio, o câmbio paralelo passa de 1300 pesos em Buenos Aires. Se a partida do governo é com a tesoura nos gastos, o que será para os Argentinos?

Fonte: CNN Brasil