Uma pesquisa divulgada pelo The Conference Board na quinta-feira (11) revelou que a satisfação no trabalho dos funcionários dos EUA em geral é a mais alta desde que o levantamento começou, em 1987.
São duas razões principais para o nível recorde de satisfação: um mercado de trabalho mais apertado, o que significa que os funcionários podem obter melhores salários, benefícios e condições; e maior flexibilidade nas normas de trabalho.
Pouco mais de 62% dos entrevistados indicaram satisfação geral com seus empregos, um aumento de 2,1 pontos percentuais em relação à pesquisa do ano anterior e um salto de 5 pontos percentuais em relação ao registrado em 2020.
O menor nível de satisfação (42,6%) registrado na história da pesquisa ocorreu em 2010, na esteira da Grande Recessão.
Entre as 26 métricas que os entrevistados foram solicitados a avaliar para determinar sua satisfação estão: salários e bônus, cargas de trabalho, reconhecimento, políticas de promoção, segurança no emprego, pessoas no trabalho, qualidade da liderança e cultura do local de trabalho; seu deslocamento; e várias métricas relacionadas a benefícios (por exemplo, férias e dias de licença devido a doença, políticas de licença familiar, planos de horário flexível e planos de pensão/aposentadoria).
“Além da remuneração competitiva, os fatores que mais influenciam a retenção de funcionários giram em torno da experiência e da cultura de trabalho. […] Na maioria dos 26 fatores pesquisados, os funcionários com normas de trabalho híbrido relatam maior satisfação no trabalho em comparação com os trabalhadores totalmente remotos ou totalmente presenciais”, disseram os pesquisadores.
Os entrevistados que haviam mudado de emprego recentemente também eram mais propensos a dizer que estavam satisfeitos.
“A satisfação geral no trabalho é 3,6 pontos percentuais maior entre aqueles que encontraram um novo emprego desde o início da pandemia, em comparação com aqueles que não encontraram”, explicam.
Quem troca de emprego relata que seus maiores aumentos na satisfação vieram dos programas de treinamento de seu novo trabalho, plano de bônus, benefícios de saúde mental e política de promoção.
Mulheres expressaram menos satisfação do que homens
Assim como continua a haver uma disparidade de salário entre homens e mulheres e uma escassez de lideranças femininas em muitas empresas, a pesquisa do Conference Board revelou que também há uma lacuna de satisfação.
“Apesar das melhorias ano a ano, a satisfação no trabalho entre as mulheres permanece menor que a dos homens, com grandes lacunas aparecendo na segurança do emprego, na política de promoção e nos planos de bônus, bem como em todas as remunerações e benefícios, incluindo salário, política de auxílio-doença, política de férias e planos de saúde”, disseram os pesquisadores.
Além da insatisfação das mulheres com esses diversos fatores de compensação, elas também estão menos satisfeitas com o reconhecimento do ambiente de trabalho, as avaliações de desempenho, o potencial de crescimento e os canais de comunicação.
A conclusão geral da pesquisa para todos os empregadores é esta: “Após estabelecer e manter salários e benefícios competitivos, os líderes ganham mais oferecendo formas de trabalho flexíveis e híbridos, e enfatizando a experiência de trabalho e fatores culturais, como trabalho interessante, cargas de trabalho razoáveis e oportunidades de crescimento na carreira”, explicam.
A pesquisa do Conference Board, realizada online, contou com 1.680 entrevistados que representavam nacionalmente todos os trabalhadores empregados dos EUA.
Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.
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Fonte: CNN Brasil