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Última testemunha da morte da menina Beatriz presta depoimento; réu fica em silêncio

dez 15, 2022 ,
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A Justiça de Pernambuco interrogou, nesta quinta-feira (15), um morador de rua, testemunha da defesa de Marcelo da Silva, de 40 anos, acusado de assassinar a menina Beatriz Angélica Mota, em Petrolina, em 2015.

A testemunha foi a última a ser interrogada nesta fase da audiência de instrução e julgamento do caso. Já o réu ficou em silêncio, seguindo a orientação da defesa técnica. De novembro para cá, 15 testemunhas, de acusação e defesa, foram interrogadas.

O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJ-PE) informou que, a sessão desta manhã durou cerca de uma hora. Ela ocorreu na Vara do Tribunal do Júri de Petrolina, presidida pela juíza Elane Brandão. A mãe da vítima, Angélica Mota, também foi ouvida mais uma vez hoje.

Após a audiência, a defesa do réu pediu vista dos autos para se manifestar no prazo de 48 horas e requerer diligências. De acordo com o trâmite judicial, após a realização das diligências solicitadas pela defesa e manifestações das partes, como Ministério Público, assistente de acusação e defesa, ocorrerá a decisão se haverá ou não, júri popular.

Processo judicial

A primeira sessão da audiência de instrução e julgamento ocorreu no mês passado. Foram ouvidas oito testemunhas indicadas pelo Ministério Público. Dentre elas, a mãe de Beatriz.

Em relação às testemunhas indicadas pela defesa, foram ouvidas seis das oito arroladas no processo. Uma das testemunhas apontadas pelos advogados teve seu depoimento dispensado pela própria defesa. Outra não foi localizada, mas a defesa do réu insistiu na oitiva, que foi realizada hoje (15).

Ao todo foram ouvidas oito testemunhas de acusação e sete indicadas pela defesa do réu.

Réu

No início deste ano, a Secretaria de Defesa Social (SDS), confirmou, em coletiva imprensa, realizada em janeiro, a identificação do homem indicado pelo assassinato de Beatriz. Vários exames foram feitos, inclusive, de DNA.

Em julho, Marcelo da Silva foi indiciado pela Polícia Civil por homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, com emprego de meio cruel e mediante dissimulação.

Dois meses depois, em setembro, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) denunciou Marcelo dos Santos pelo mesmo crime.

O MP-PE informou que a denúncia foi feita pelo Grupo de Atuação Conjunta Especial (Gace), instituído pela Procuradoria-Geral de Justiça, que acompanhou as investigações do caso.

Ainda segundo o órgão, foi feita a análise do inquérito policial que contém 27 volumes e 5.831 páginas.

A vítima

Beatriz Angélica Mota tinha de 7 anos quando foi encontrada morta dentro de uma escola particular, em Petrolina, no interior de Pernambuco. O crime ocorreu em 10 de dezembro de 2015. Segundo laudo do IML, a criança recebeu 42 golpes de faca. O corpo foi localizado dentro de um depósito da escola.

A vítima estava em uma festa de encerramento do ano letivo da irmã com a família. Beatriz saiu sozinha de onde estava com os pais para beber água e demorou para voltar.

Depois de 40 minutos a menina foi encontrada sem vida.

Fonte: CNN Brasil

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