As urnas fecharam no Equador por volta das 17h no horário local (19h no horário de Brasília), marcando o fim da votação para as eleições deste ano no país.
A votação no exterior segue aberta, o horário será das 9h até às 19h (hora local do país em que o eleitor está).
Os cidadãos votaram neste domingo (20) para escolher os parlamentares e um novo presidente para o país. Mais de 13 milhões de pessoas estavam elegíveis para votar.
A eleição aconteceria apenas em 2025, mas foi antecipada pelo presidente Guillermo Lasso em 17 de maio, quando decretou a chamada “morte cruzada”. A justificativa usada foi a grave crise política e comoção interna.
A campanha eleitoral, que terminou na quinta-feira (17), foi marcada pela violência, com o ponto mais trágico sendo o assassinado a tiros de Fernando Villavicencio, um dos candidatos, no dia 9 de agosto, a menos de um mês do pleito.
Para garantir a segurança, o governo planejou um esquema de segurança com mais de 100 mil agentes, incluindo as Forças Armadas e a Polícia Nacional.
Candidatos votam em segurança
Os candidatos à Presidência do Equador foram às urnas em segurança.
Vídeos capturados pela Reuters mostram os candidatos realizando suas respectivas votações – incluindo Luisa González, Christian Zurita (que substituiu Villavicencio) e Yaku Pérez, candidatos que aparecem à frente em intenções de votos.
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) detalha que o horário disponível para votar é das 7h às 17h, no horário local. Já para votação no exterior, o horário será das 9h até às 19h (hora local do país em que o eleitor está).
Os candidatos
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Yaku Pérez é líder indígena Kichwa Kañari, advogado, professor e autor de oito livros. Se denomina defensor da água, tendo conduzido processos judiciais para defesa da natureza nos Andes. Seu nome de nascimento era Carlos Pérez, mas alterou para Yaku (água em Kichwa). Em 2021, disputou a Presidência do Equador pelo partido indígena Pachakutik, alcançando cerca de 20% da votação nacional.
Crédito: Divulgação/Campanha Yaku Pérez -
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Luisa Magdalena González Alcívar é advogada especializada em economia internacional e desenvolvimento. Se formou na Universidade Internacional do Equador. Foi ministra do Trabalho e do Turismo e é apoiada pelo ex-presidente do Equador Rafael Correa, tendo sido secretária-geral da Presidência da República durante seu mandato. Também coordenou a agenda estratégica presidencial de Correa.
Crédito: Divulgação -
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Christian Zurita é jornalista, tem 53 anos e nasceu em Quito, capital do Equador. Segundo perfil divulgado pelo partido Construye, trabalhou como jornalista investigativo, se especializando em questões de corrupção, crime organizado e narcotráfico. Entrou como candidato a Presidência após o assassinado de Fernando Villavicencio, a quem chamou de “amigo” e dividiu redações jornalísticas.
Crédito: Reprodução/Instagram -
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Daniel Roy-Gilchrist Noboa Azin nasceu em 30 de novembro de 1987, na cidade de Guayaquil. É filho do empresário e ex-candidato à Presidência da República Álvaro Noboa Pontón. É ex-deputado, tendo presidido a Comissão de Desenvolvimento Econômico, Produtivo e Projetos de Microempresa. Se formou em Administração de Empresas pela Stern School of Business, da Universidade de Nova York.
Crédito: Divulgação/Campanha -
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O candidato Otto Sonnenholzner é economista. Já foi vice-presidente do Equador, tendo o nome aprovado pela Assembleia Nacional. Nasceu em 19 de março de 1983, e desenvolveu carreira como radialista. Foi gerente geral da Rádio Tropicana de Guayaquil e presidente e membro da Associação Equatoriana de Radiodifusores.
Crédito: Reprodução/Redes sociais -
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Xavier Hervas tem 50 anos, nasceu em 7 de outubro de 1972, em Guayaquil, capital do Equador. Estudou Engenharia de Produção Agroindustrial na Universidade de La Sabana em Bogotá, Colômbia. Cursou MBA e mestrado em Ciência Política. Fundou seis empresas nos setores econômicos de exportação, alimentos, agricultura, indústria, transporte e comércio.
Crédito: Reprodução/Redes Sociais -
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Bolivar Armijos Velasco é fundador e ex-presidente do Conselho Nacional de Governos Paroquiais do Equador, liderando o setor rural com centenas de obras e projetos executados entre 2000 a 2019. Formado em Direito pela Universidade Técnica Luis Vargas Torres de Esmeraldas, é especialista em Governança, Gestão Política e Desenvolvimento Local.
Crédito: Reprodução/Redes sociais -
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Jan Topic, ele é um soldado profissional que integrou a Legião Estrangeira Francesa como franco-atirador, paraquedista, tendo participado de operações na África, Síria e Ucrânia. É graduado em Economia e Matemática pela Universidade da Pensilvânia, com pós-graduação em Segurança Internacional. Entre os principais pontos de sua campanha estão o combate à violência e pobreza.
Crédito: Reprodução/Instagram
Oito chapas foram inscritas para a disputa para presidente e vice-presidente. Saiba quem são eles na galeria acima.
A candidata de esquerda Luisa González lidera as intenções de voto com 26,6%, segundo a pesquisa da Cedatos, empresa de pesquisa aprovada pelo CNE.
Ela é apoiada pelo ex-presidente Rafael Correa, que agora vive exilado em Bruxelas, depois de ter sido condenado por corrupção.
González é uma ex-deputada até então pouco conhecida, considerada uma conservadora de esquerda. É contra o aborto, inclusive em casos de estupro.
A mesma pesquisa mostrava Fernando Villavicencio em segundo lugar, com 13,2% das intenções de voto. Ele foi substituído pelo jornalista Christian Zurita.
A disputa para presidente ainda tem o líder indígena Yaku Pérez, com 12,5% dos votos. O advogado é um defensor do meio ambiente, filho de trabalhadores rurais e promete transformador o Equador em um exemplo contra o aquecimento global e de combate ao crime.
A pauta da segurança é considerada uma das mais importantes para os eleitores. O país de 18 milhões de habitantes tem visto uma grande onda crescente de violência nos últimos anos, incluindo o aumento no número de assassinatos.
*Publicado por Fernanda Pinotti, com informações da Reuters
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Fonte: CNN Brasil