• qui. jan 23rd, 2025
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O Senado aprovou, com confortável maioria, uma indicação personalíssima do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o Supremo Tribunal Federal (STF): a do seu advogado pessoal, Cristiano Zanin, que o defendeu durante os processos da Lava Jato. E acabou obtendo a anulação deles.

Lula não fez outra coisa senão reconhecer uma realidade da política brasileira –pode-se gostar ou não, mas fato é que os tribunais superiores se tornaram instâncias de enorme relevância política, nos quais é fundamental, para governantes, ter aliados confiáveis.

Os direitos políticos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) dependem de um julgamento que começa nesta quinta-feira (22) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A acusação contra ele é técnica: abuso de poder econômico e uso indevido de meios de comunicação social. Por isso, em sua defesa, o ex-presidente diz que a mesma Corte já se ocupou de caso semelhante antes. Trata-se da famosa absolvição da chapa Dilma-Temer, em 2017.

O que mudou de lá para cá foi, sobretudo, o contexto político, em seu sentido mais amplo. Ao qual, para dizer de forma cautelosa, o Tribunal Superior Eleitoral também não está imune.

O sistema democrático brasileiro sobreviveu a um perigoso teste antes e imediatamente depois das últimas eleições. Por isso, se diz que as instituições estão de pé.

Sim, é um fato. Assim como é um fato a natureza pessoal e política com que os integrantes das instituições encaram as relações entre si.

Fonte: CNN Brasil

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