“Quando um não quer, dois não brigam”, diz o ditado que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) adora. Que ele usou até para falar da guerra da Ucrânia, invadida pela Rússia.

Se é verdade que Lula acredita mesmo que dois não brigam quando um não quer, então acabou a briga entre o governo e o Banco Central.

Numa sequência de pronunciamentos públicos, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, usou palavras amenas e frases suaves. Numa postura de vamos esfriar os ânimos e vamos baixar a bola quando se trata de examinar juros e política monetária.

De fato, já são quase 72 horas que Lula nada diz sobre juros ou Banco Central. Mas não é nem um pouco assim com seu partido. Declarações ferozes contra o Banco Central continuam sendo proferidas. Acompanhadas de uma campanha articulada contra o presidente do Banco Central.

Lula é o árbitro supremo de tudo o que acontece no PT e nas suas franjas diversas no parlamento e no espaço da informação. E até aqui não deu sinais públicos de que pretende aliviar a pressão sobre o Banco Central.

Do jeito em que está, o ditado é outro. Quando um quer, vai sempre sair uma briga.

Fonte: CNN Brasil