Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que vai entrar em campo na articulação política. O presidente chamou a bola para ele mesmo (desculpem a analogia futebolística).
Mas a bola já não era dele? Assim como as camisas do time? Portanto, quem joga em que posição? Com qual dispositivo tático? Até parece que não.
Na busca das causas desse fracasso, percebeu-se que alguns dos principais jogadores do time do Lula – como o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, e o ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha – não se entendem.
E nem conseguiram combinar com os russos – quer dizer, não conseguiram o mínimo, que era antecipar movimentos com o Congresso.
O melhor, então, nem seria falar de falta de articulação, mas de desarticulação. No topo dela, está sentado o próprio presidente da república.
Nas aparências, assoberbado pela realidade que nunca enfrentou: a de que o Congresso manda muito mais do que há 20 anos.
Lula cobrou hoje de ministros capacidade de articulação, mas ele teria de cobrar isso de si mesmo.
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Fonte: CNN Brasil