O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) serviu à mesa nesta quinta-feira (30) um prato cheio: é o tão esperado anúncio de como pretende tratar das contas públicas.
O impacto político disso é monumental pois é, no fundo, como o governo diz para a sociedade que vai gastar o dinheiro dela, de todos nós.
O que foi apresentado hoje espelha o dilema de Lula entre gastar para manter a popularidade e controlar os gastos para não perder credibilidade.
Nas suas linhas mais gerais, o que se trouxe hoje a público coloca ênfase especial na receita, isto é, em como o governo pretende financiar os gastos.
No resumo mais breve possível, a subida de gastos é função da receita, algo que, de maneira geral, foi bem recebido.
A equipe econômica tinha –ou tem– de equilibrar duas expectativas: a do presidente Lula e a ala política do PT, que não tolera limites estreitos aos gastos públicos, e a dos agentes econômicos em geral, que não toleram a ideia de uma política fiscal frouxa que, eventualmente, traga mais inflação.
Vai dar certo a fórmula, isto é, ela vai conseguir controlar a subida dos gastos, trazer estabilidade e melhorar a situação da dívida pública?
O prato está na mesa. E, conforme diz um dos mais velhos provérbios sobre economia: para saber se o pudim é bom, tem de comer.
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Fonte: CNN Brasil